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sábado, 27 de abril de 2013

Sou guiada pela cega sorte

Sou guiada pela cega sorte 
não luto pela vida apenas deixo-me ir para norte 
a sorte é cega e eu não a vejo 
encontramo-nos por acaso. Eu não a almejo. 


Ela guia-me sem o querer 
e ás vezes eu sigo-a mesmo sem saber. 
Os caminhos cruzam-se e descruzam-se 
as palavras são acaso mas interligam-se. 


Mas o azar persegue-me noite e dia. 
Quero que ele desapareça... minha fantasia. 
E eu despisto-o por dias, por horas e sentimentos 
e ele volta sempre, encontramo-nos sem cumprimentos. 


Pobre daquele que não procura azar ou sorte, 
coitada daquela que não quer excesso de vida ou de morte. 
Tenho pena de todos os que apenas querem viver 
e têm essas coisas irritantes a chatear e a fazer perder.

Palavras...

Tudo tão vazio e tão cheio 
sem sentimentos que não o receio. 
Tudo o que escrevo é nada. 
Palavras? Uma multidão negada. 
Tanto sentimento que tem vezes 
que nem eu sinto... esqueço por meros meses. 


Palavras ocas e o ar carrega o sentir 
letras e frases soltas que escrevo sem mentir 
as dúvidas são o que me move? 
A dúvida para-me, ela não se comove 
com as batalhas em que batalho todos os dias 
ou com as guerras que correio por entre fantasias. 


Escrevo tudo o que quero quando o tempo desaparece 
Atrevo-me a dizer que o lápis faz tudo o que me apetece. 
Escrevo sem cérebro ou coração 
comigo levo apenas a alma e o coração na mão. 
Escrevo sem realmente o fazer... 
Pensamentos. Nunca paro de os tecer. 


(a 12/03/13) 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sei lá.. é estranho

Sei lá.. é estranho
Este sentimento... sinto que não sou eu
É este mundo novo que estranho
E mais estranho é saber que ele é meu

Até porque eu posso ser tudo o que quiser!
Porque nunca ninguém me avisou de tal?
Sinto-me preparada para o que der e vier
Hoje eu sou tudo menos normal

E tu? Reparaste na mudança?
A principio nem eu o fiz...
Acho que durante uns tempos perdi a esperança
Para voltar, agora, a ser o meu próprio juiz

Não há nada que dure para sempre eu sei
Tudo muda devagar ou de repente
Mas para saber onde e quando eu errei
Bastou-me apenas abrir a mente...

Ás mudanças que me perseguiam;
Ás memorias que eu mantinha;
Ás saudades que há muito existiam
Esqueci-as a todas, pus-me na linha.